terça-feira, outubro 22, 2013

Carta aberta a todas elas, e a nenhuma em especial...

"Desculpa..." 

Não poderia começar por outra palavra que não esta. Desculpa por estares no teu cantinho e eu chegar a tirar-te o sossego. Eu fui avisado, sempre, para não te tocar, para não te tirar da tua harmonia; mas eu sempre pensei que era capaz de tocar tão suave de modo a não estragar. Enganei-me, estraguei sempre; desculpa por isso; Desculpa pelo meu passado, eu nem sempre fui assim desconfiado e nem sempre acreditar quando dizias que gostavas; fui ensinado a acreditar apenas no que a fisica podia provar, o F=M.a. (Maldito dia que a maçã caíu na cabeça do Newton). Desculpa se invadi o teu espaço e de algum modo te sufoquei de noite com um abraço envolvente; para mim era pecado ter-te ali e não te agarrar com toda a força. Desculpa as fotos; eu sei que te tirava fotos até enquanto passavas à roupa, mas para mim qualquer imagem tua era digna de uma moldura na cabeceira e eu não resistia! Desculpa se os jantares nem sempre eram bons; eu não sei cozinhar! Eu nunca soube! Não tenho tempo de aprender, o meu tempo livre era geralmente passado a pensar como seriam os nossos meninos... Seriam de olho azul como eu? Ou olhos claros como tu? Seriam tão exóticos com a tua beleza e teriam um azul e outro negro? Desculpa se não conseguia decorar tudo sobre ti, a minha memória é como uma peneira velha e tudo passa por ela; mas eu tentei, eu tentei sempre.... Desculpa a minha falta de paciencia, a minha ansiedade constante, eu não sabia andar devagar ao teu lado; aceleravas os batimentos de tal modo que eu tinha de "descarregar" de algum modo; fazias-me explodir com tanta facilidade, e isto é um elogio... Desculpa as flores, ter enchido a casa delas; a minha mania estúpida de comprar tudo feito! Dei conta depois que era também reflexo da minha impaciencia e espontaneidade; eu devia era ter dado um vaso e uma semente, deixar-te ver nascer a flor, crescer, apanhar o seu Sol; não devia ter comprado algo que outro qualquer tinha plantado e que ia morrer dias depois. Desculpa se eu era lamechas de vez em quando; tornar-me exactamente na pessoa contraria que chegou um dia até ti: arrogante, confiante, dono do mundo. Não, não era dono do mundo, eras tu, eu fingi, eu menti, eras tu, sempre o foste. Desculpa se não soube ler-te tão bem como leio as outras pessoas, deixavas-me tão confuso, tão atrapalhado! Era como que um bebé a chorar ao pé de mim e eu sem saber o que o fazia chorar? Cólicas? Fome? Fralda? Eu entrava em panico, podia ser tanta coisa e eu atrapalhava todo! O que provoca o choro era sempreeeeee a coisinha que eu me tinha esquecido de verificar. Desculpa se fiz planos contigo que não fui capaz de cumprir; mas eu continuo a poupar para aquela viagem viagem à Lua que te prometi! Não me esqueci, não foi falta de vontade, simplesmente ainda não tive tempo para juntar suficiente... 

Se me desculpares de uma destas coisas apenas, estarás a ser bem mais compreensiva que eu, pois eu não me desculpo de nenhuma delas...

sábado, outubro 12, 2013

Poço de desejos

Vi-te passar como uma estrela cadente, linda a rasgar mágica o céu... Imediatamente pedi um desejo. Esqueci-me que estrelas cadentes no fundo são apenas rocha e gelo em passagem pelo teu céu, e rocha e gelo não realizam desejos… Então procurei um poço para lançar uma moeda e pedir o desejo a que tinha direito. Desejei que a estrela cadente deixasse de ser rocha e gelo…



Boa noite...

Cubinho de gelo


A porta da frente

É uma casa gigante.... Cheia de corredores complicados, escadas em caracol, bibliotecas carregadas de histórias. E cheia de janelas, muitas, demais...... E abri uma, e o Sol era demasiado quente, fechei de novo... Abri outra, e embirrei com o som dos pássaros que cantavam algures, fechei de novo... Abri outra, e não gostei do cheiro o vento trazia do norte, e fechei de novo.... Outra que abri dava para um jardim, relva apenas, e fechei de novo.......

Passei uma vida inteira, numa casa gigante.... Cheia de corredores complicados, escadas em caracol, bibliotecas carregadas de histórias, a abrir janelas curioso, e arranjava sempre um motivo para as fechar.

- Heiiii, está ali uma janela estranha, começa a partir do chão e vai quase até ao tecto! - Eu nunca tinha visto uma porta! E abro aquela estranha "janela que começa a partir do chão e vai quase até ao tecto", e o chão continuava até perder de vista, como que uma sala sem fim e sem tecto!

Antes de dar um passo sequer senti o Sol; era de fim de verão, não muito quente de vermelho agradável. O vento não vinha do norte, vinha de Oeste, e trazia cheiro a sal com ele. Não sei se havia relva porque o chão estava tapado por névoa. E flores, havia flores por todo o lado. E dou um passo, 2, 3, a deixar a segurança da minha casa gigante de paredes fortes. 4 passos e o mundo a mostrar-se assustador de tão amplo, de tanta coisa que podia fazer ali, e ao mesmo tempo tanta coisa que me podia acontecer! 5 passos, e o medo a crescer, 6, 7 e piso um galho que num "crack" me fez correr de volta para a segurança da minha casa e fechar a "janela que começa a partir do chão e vai quase até ao tecto" com toda a força!

Respirar fundo - Calma, foi só um galho, volta atrás e deixa a casa - E ao empurrar a porta de novo ela não mexeu, ficou sólida como as paredes da casa. Eu empurrei o máximo que consegui e ela não cedeu mais. E sem querer voltar a abrir e fechar janelas, sentei no chão, abracei as pernas, encostei a testa aos joelhos e as costas à porta, da casa gigante.... Cheia de corredores complicados, escadas em caracol, bibliotecas carregadas de histórias.....

Boa noite...

Relampagos


És mar


Nada que eu não esperasse


Calor


Vou beber


As ilhas do Açores


Sinto apenas a tua falta


Algo cheio de k's e x's o.O


A sorrir em silencio


Não és ponto de exclamação


Desculpa


Não é a mesma coisa


Deixem-me em paz


Falta de gravidade


Hoje encontrei-te


Apenas mortal


Não quer dizer nada


Espalhada pelas paredes


Explicar coisas


Gosto de ti



Nada fechado


Ácida


Achava eu


Coisas inuteis


Estupido


Sempre foi horrivel


Café


Aquele bem


Master Plan


Entao acordado


Ele acordou


Defenição


Gravidade


segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Amanhecer...

Blog encerrado...

Obrigado a quem um dia visitou e gostou...

Ricardo Santos

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Doença...

Quem disse que o amor é positivo talvez nunca se tenha apaixonado a sério. Amor é uma doença, cegueira imediata de todos os sentidos e instabilidade. Porque o mundo é feito de terra castanha e nós vemos tudo em tons de ouro e rosa. As cidades cheiram a nevoeiro, escape e café; mas nós sentimos o cheiro dela por todo o lado. O mundo não treme fora do metropolitano; mas nós trememos só porque ela dobra a esquina... Os prédios estão vestidos com tijolo e vidro; e não com fotografias dela... Por isso quem disse que o amor é superior; nunca amou a sério; amor é doença.....

Boa noite...

domingo, janeiro 25, 2009

Amar pode ser...

Amar deve ser olhares à volta e não veres alguém, e teres medo que ela não volte...

Boa noite...

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Por quem vale a pena...

Nunca conheci ninguém por quem valesse a pena morrer...
Só alguém por quem vale a pena viver...

Boa noite...

sexta-feira, setembro 12, 2008

Contágio...

Por todos aqueles que ontem eram vis e hoje acordaram meigos e gentis, por todos que ontem eram tristes e hoje acordaram resplandecentes, por todos que eram Abel e acordaram Caím, só posso dizer: - Meus deus, contagiaste-os!

Boa noite...

Ilógica....

Aqui nos Alpes, os rios escalam devagar na direcção dos cumes. Velhos no café jogam à sueca com dados; e durante toda a semana fez apenas Sol num dia e choveu saudade nos outros 99....
Tudo perde a sua lógica quando não estás...

Boa noite...

quinta-feira, abril 03, 2008

Conversas...

Só falei com deus uma vez e foi para lhe agradecer de ti...

Boa noite...

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Busca...

Desisti de buscar a Deus... De cada vez que procuro o divino, fé amor e milagres é a ti que encontro....

Boa noite...

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Amor Cego....

Se o amor fosse cego, eu não te via por todo lado...

Boa noite...

sábado, dezembro 29, 2007

Porque não...

Porque não existo senão no reflexo dos teus olhos...

Boa noite...

sexta-feira, junho 15, 2007

Não há...

Não há notas na pauta como o silêncio do teu beijo, não existe luz maior que o castanho dos teus olhos... E não há, maior liberdade que na prisão do teu abraço...

Boa noite...

domingo, fevereiro 25, 2007

Janela...

A passear nas ruas da cidade aprendi a conhecer as pessoas pelas suas janelas.

Janelas sujas de quem um dia deixou de acreditar que a luz alguma vez mais pudesse entrar...
Janelas com salsa e manjericos de quem gosta de descobrir novos trinares na guitarra...
Janelas de madeira escarpada e rugosa de quem se esvazia da vida contando as brasas à lareira...
Janelas estilhaçadas de quem não quis saber mais e um dia partiu...

Fascina_me uma janela que descobri num passeio, e desde então voltei sempre...
É uma janela embaciada à espera que um dedo a percorra e desenhe flores e um sol, para que a luz da manhã ao entrar, espalhe um pequeno jardim pelo chão e pelas paredes!
É a tua janela...

Boa noite...